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A moda nua e crua

  • Foto do escritor: Meu Velhinho Redação
    Meu Velhinho Redação
  • 14 de mai. de 2018
  • 15 min de leitura

Moda, o que dizer dela? Um assunto vasto, amplo, uma imensidão de características, detalhes e particularidades. É a efemeridade, o gosto pela novidade e o viver no presente, a necessidade do consumo, refere-se como uma forma passageira de vestir ou de agir. Uma breve história da moda:


“A moda não pertence a todas as épocas e nem a todas as civilizações.” - Gilles Lipovetsky, . Segundo Lipovetsky é a partir do final da Idade Média, que é possível reconhecer a moda como sistema. A partir de quando a sociedade começa a venerar o luxo e as frivolidades, é a fase inaugural da moda, da estética, onde um só grupo monopoliza esse sistema. Antes, o vestuário e os modos eram concentrados nas culturas e tradições de antepassados, onde pouco se diferiam as vestimentas e costumes, tendo início quando as roupas masculinas e femininas começam a se diferenciar. Sofreu varias alterações, que chocaram, encantaram e padronizaram a sociedade de seu tempo. No período do Renascimento, as pessoas se tornaram mais questionadoras e, por consequência, mais curiosas. Isso gerou impactos culturais que também refletiram no vestuário, as saias tornaram-se mais compridas e com longas caudas. Os chapéus, com armaduras de linha e latão, viraram fantasias. Depois da Revolução Francesa e da Revolução Industrial, os aspectos políticos e econômicos deixaram os trajes mais enxutos. A moda passou a seguir o lema: quanto mais simples, mais elegante. Então, os espartilhos e as perucas deram lugar ao estilo pastoril, com tecidos mais lisos e sem enfeites, em cores patrióticas tanto para homens quanto para mulheres. Com o avanço da industrialização, o mercado têxtil ganhou força. Também é nesta época que a máquina de costura realmente se torna eficiente e popular.


Vamos pular para a metade do século XX, onde de fato nosso post começa, de 1950 á 2018, caro leitor, a partir de agora você fará uma viagem pelas décadas da moda, conhecendo suas características e particularidades únicas. Do vestido branco levantado pelo vento de Marilyn Monroe, aos infames óculos estilo retrô de Kurt Cobain.



1950s


Na década de 50 as roupas eram projetas para lembrar as mulheres de sua feminilidade. Insinuavam fragilidade em contraste com os direitos sociais recém adquiridos. O jeito moça do new look fazia a moda ser repleta de saias e vestidos que tinham a a altura na metade da panturrilha e eram coloridas, de estampas abstratas ou flores, listras, machas, xadrez e listrado.



Nessa época, houve uma imensa fixação neurótica de que as mulheres (trabalhadoras durante a guerra) voltassem para a casa e a cozinha, exercessem os deveres tradicionais impostos de cuidar de seus filhos "baby boom" e de seus maridos. A mídia impunha a meta de ser uma boa "dona-de-casa", era a intuito supremo de toda mulher, o ápice do sucesso feminino.





A dona-de-casa com aparência de boneca, devia ia dos Aliadosusar um avental digno. Havia uma imensidão deles, alguns em formato de coração e versões infantis iguais as das mães, para serem usadas pelas filhas.







A vitória dos Aliados afirmava em toda Europa do pós guerra, a predominância do estilo americano. Todos queriam ser bons cidadãos, o que significava que todos os homens pareciam extremamente iguais. As cores dos guarda roupa eram sóbrias, girando em torno do cinza escuro, azul, azul escuro, marrom, em tecidos como algodão, lã, flanela, xadrez e tweed. Camisas de estampas listradas, terno escuro, calças estreitas e curtas embora com tecido "sobrando" nas pernas, a gravata tinha um nó bem fino.














Em vez de colete, o peito era aquecido com cardigans e blusas de lã. Casacos em veludo, smoking e camisas pólo tornaram-se populares e eram usadas com uma jaqueta esporte,geralmente xadrez ou outro padrão escuro. No verão, camisas com cores espalhafatosas eram usadas para fora das calças. As bermudas na maioria das vezes eram usadas com meias.






1960s


A década de 1950 foi marcada pelo romantismo, glamour e feminilidade, além de um toque de ousadia costurado em forma de calças femininas e outros elementos, anunciando o que viria pela frente: a moda anos 60. O final dos anos 50 trouxe o clima ideal para uma época de grandes transformações na forma de agir, influenciadas pela euforia consumista surgida nos anos pós-guerra nos Estados Unidos. Todos estes acontecimentos influenciaram de certa forma o percurso da moda, introduzindo neste setor conceitos como a alegria e a juventude. Os adolescentes, que iniciaram na época anterior o fenômeno do baby-boom, ditam agora um novo estilo também muito característico desta faixa etária




O uso dos produtos de beleza, no rosto, era notório. A maquiagem se transformou em tendência e fez parte do cotidiano dos jovens. Eles preenchiam com cores brandas, claras, e munidos de muita praticidade. Outra sensação do momento eram as perucas. Talvez tenha sido o período em que mais se vendeu essa mercadoria. Elas vinham em diversos modelos e cores, sem contar que o custo era menor.


Aquela imagem do jovem de topete, jeans e blusão de couro, que começou na moda dos anos 50, ficou mais forte. A saia rodada perdia cada vez mais espaço para a calça cigarrete, como um grito feminino pela liberdade.








Era a contracultura e o pacifismo que ditavam moda. E esta já não podia ser de um jeito só, toda “certinha”; ganhou várias propostas, ligando de vez a maneira de se vestir ao modo de agir. De repente, a moda era não seguir moda… Os padrões das tendências da década anterior não cabiam mais no corpo e na cabeça das pessoas. Aquela história de depender de alfaiates e costureiras para expressar seus desejos não tinha mais vez. A indústria, claro, estava de olho no novo mercado e em sua velocidade de consumo. Tratou logo de criar produtos próprios para a juventude, que ganhou moda exclusiva, independente daquela exibida nos catálogos para os mais velhos.



A minissaia reinou na década de 1960. No entanto, ela também abriu espaço para os vestidos de bolinhas da década anterior, que foram encurtados para combinar melhor com os novos tempos e gostos.









A moda masculina nos anos 60 teve como característica principal, os tecidos sintéticos que estavam alta. O bairro britânico de Carnaby Street, lança uma moda irreverente e despojada, libertando os homens da sisudez da década anterior, trazendo camisas com muita estampas e muitas cores. A calça é mais ajustada na perna, cintura baixa e com o estilo boca de sino, ou seja, a barra bem larga. O paletó sem colarinho é a cara da roupa masculina anos 60, popularizado sobretudo com o quarteto dos Beatles.



1970s

Podemos afirmar que a moda anos 70 foi uma das mais ricas na história da moda, tanto que até nos dias atuais, a época serve como inspirações para alguns estilistas famosos que muitas vezes estão resgatando peças que fizeram sucesso nessa época. A década de 70 foi caracterizada pela moda hippie e romantismo. O período foi de bastante revolução no comportamento dos jovens, tanto na música como na liberação sexual da mulher. A moda também não ficou de fora dessa revolução, os homens deixaram de ser formal e passaram a ser coloridos e psicodélicos, já as mulheres passaram a ser românticas e despojadas ao mesmo tempo.



A moda também não ficou de fora dessa revolução, os homens deixaram de ser formal e passaram a ser coloridos e psicodélicos, já as mulheres passaram a ser românticas e despojadas ao mesmo tempo. Os cabelos eram todos desalinhados, as saias tanto longas quanto curtas ganharam inspirações indianas, as blusas e batas ganharam estampas e muitas cores. Além disso, a moda unissex continua com força total nas calças boca-de-sino e sapatos com plataformas.


O hippie acabou virando modismo na década de 70, principalmente durante o festival de Woodstock em Nova York, onde o estilo acabou influenciando milhares de pessoas. As músicas dos Beatlhes, Pink FLoyd e do Yes eram influenciadas pelo psicodelismo que acabou predominando na moda também. As roupas ganharam desenhos e cores psicodélicas, deixando a moda anos 70 muito mais colorida. As peças que eram muito utilizadas na época eram os coletes de couro ou jeans, assim como franjas e flores. Por isso, falamos que o estilo romântico também predominou nos anos 70. A juventude era as que mais abusavam do romantismo com vestidos de babados e estampas florais.


Era uma total aversão a moda e valores do momento, uma cultura anti-materialista que desafiava o colorido e o brilho da era disco e o pacifismo em tons pastéis dos hippies. O punk, como uma cultura, surge como uma ramificação política marginal, meio confusa, com pessoas que tinham ideologias independentes e subversivas as costumes sociais... Mas com sua origem bem jovial: musica, moda e comportamento. Surgido primeiramente nos Estados Unidos com a banda Ramones, os "primeiros" punks se caracterizavam pela simplicidade em contraste com a moda disco: jaqueta de couro, blusa de banda ou branca, calça jeans surrada e tênis. Uma espécie de releitura unissex do estilo "rebelde sem causa" dos anos 50.


O padrão masculino de beleza nessa década era bem diferente do que é hoje, geralmente os homens usavam bigodes e costeletas, quanto mais pêlos tinha o homem, mais másculo era considerado, também devia exibir o seu peito peludo com a camisa aberta e de preferência com um medalhão reluzente. As camisas eram de poliéster com golas pontudas e as calças eram geralmente de tergal, com muitas cores e estampas, tinha também as parkas, que eram uma espécie de colete com um cinto que se usava com uma camisa por baixo. Não podemos esquecer dos sapatos de verniz com salto plataforma, para arrasar nas pistas das discotecas, com meias coloridas que chegavam quase até o joelho. Sem dúvidas, a moda anos 80 refletia muita alegria, versatilidade, diversão e ao mesmo tempo um toque de sensualidade, ousadia e sofisticação. Um dos estilos que marcaram a década foi o fenômeno “yuppie”, o visual era exagerado e poderoso composto por jovens workaholics. Acessórios como suspensórios e gravatas coloridas não poderiam faltar no vestuário das pessoas adeptas ao estilo “yuppie”.




1980s

Os anos 80 foi uma década extremamente intensa e inovadora, principalmente em relação à moda lançando tendências para todos os cenários culturais. Estilos diferenciados foram criados e alguns recriados na moda atualmente. Algumas coleções de estilistas famosas têm feito releituras da década de 80, o estilo que chamamos de retrô, nada mais é que a releitura da moda anos 80. A década foi marcada pela competição entre homens e mulheres à procura de igualdade no mercado de trabalho. Sem dúvidas, a moda anos 80 refletia muita alegria, versatilidade, diversão e ao mesmo tempo um toque de sensualidade, ousadia e sofisticação. Um dos estilos que marcaram a década foi o fenômeno “yuppie”, o visual era exagerado e poderoso composto por jovens workaholics. Acessórios como suspensórios e gravatas coloridas não poderiam faltar no vestuário das pessoas adeptas ao estilo “yuppie”.



A época destaca-se também as mulheres entrando no mercado de trabalho e competindo por cargos de chefia e executivos. O figurino dessas mulheres era representados por peças de roupas com cintura e cós altos, ombreiras, pregas e drapeados para usar tanto no dia-a-dia ou durante à noite. Os tailleurs eram os figurinos mais usados por essas mulheres, pelo simples fato de oferecer uma aparência poderosa e alinhada para as mulheres que estavam em busca de trabalho. Outro peça que também se destacou nos anos 80 foi os vestidos que valorizavam a cintura feminina, saias balonê e mangas bufantes.


E a moda anos 80 vai muito além das roupas e estilos, os anos 80 alcançou até mesmo a moda aeróbia com suas inesquecíveis polainas, peças de lycra e collantes. Sem esquecer é claro das faixas na cabeça que virou febre no mundo inteiro, até mesmo quem não praticava atividades aeróbias acabou adaptando a bandana para aprimorar o visual. Mas a moda das academias, fez com que as roupas destinadas a atividades físicas, como tênis, peças de moleton e lycra não fosse peças exclusivas para serem usadas apenas nas academias, mas também passaram a ser usadas em ocasiões cotidianas. O tênis deixou os looks das mulheres e dos homens mais despojados, podendo ser encontrados nas mais variadas formas e cores. O calçado se popularizou como o eterno e clássico tênis All-Star por ser um calçado simples e confortável.


Com o surgimento de novos materiais para a criação da moda, havia estilos para todos os gostos, dos mais formais, aos informais. O casual fazia parte desse momento, onde a mesma roupa com que se ia ao trabalho, podia esticar para a noite. Os homens usam cabelos com gel, e as mulheres, medonhos penteados crespos, maquiagem exagerada, sombras azuis nos olhos. A ideia de personalizar seus básicos nunca ficou tão forte. Os anos 80 serão eternamente lembrados como uma década onde o exagero e a ostentação foram marcas registradas. A moda apressou-se por responder a esses desejos, criando um estilo nada simplório. Todas as roupas de marcas conhecidas tinham seus logos estampados no maior tamanho possível.


O estilo roqueiro era livre e extravagante, foi o que mais flertou com o estilo feminino. Cabelos longos, com brilho e volume foram adornados com lenços ou muito laquê, fios tingidos também estavam em alta. Muito jeans, couro, estampas, correntes, lenços, sobreposições de camisetas, jaquetas, cores e estampas, até a maquiagem permeou o estilo dos mais ousados. Os cabelos masculinos dessa época chamam muito a atenção, muito do que era tido somente para mulheres foi usado e abusado pelos homens. Muito volume e brilho, franjas, cabelos compridos, em camadas, os moicanos e coloridos. O corte Mullet foi sucesso, o gel e mousse fizeram a cabeça e os topetes dos que tinham cabelos curtos. Os bigodes fartos também fizeram sucesso.



1990s


A moda anos 90 foi influência pelos exageros da moda dos anos anteriores. Nessa década, foram lançadas as calças jeans coloridas e as famosas blusas segunda pele, que conseqüentemente colocaram a lingerie à mostra. Com isso, a moda íntima ganhou destaque nos anos 90 e peças de lingeries foram criadas para serem usadas à mostra em diferentes matérias e cores. Podemos dizer, que a década de 90 foi marcada pela diversidade de estilo convivendo harmoniosamente, cada um respeitando o estilo do outro. A moda lançou tendências para atender os diversos tipos de consumidores e para todas as ocasiões. Caracteriza-se especialmente pela sua liberdade de expressão, os preconceitos e as barreiras foram sendo deixado de lado e desaparecendo de uma forma geral. As pessoas começaram a escolher as suas próprias roupas e estilos na medida em que se identificavam com as tendências de moda. Se a pessoa estava alegre, as cores vivas e vibrantes passaram a influenciar na hora de se vestir, mas se ele estivesse triste, escolheria roupas mais singelas para compor a sua produção.



O estilo Grunge foi o grande influente na moda e no comportamento dos jovens, principalmente pelo seu estilo com calças despojadas, bermudas largas e camisas xadrez. Vale ressaltar que a camisa xadrez foi um verdadeiro sucesso no vestuário dos rapazes. As mulheres aderiram ao seu vestuário saias longas, calças pantalonas, as estampas e bichos como zebra, onça e cobra que é tão desejada dos dias de hoje, sapatos com bico quadrado e blazers com modelagens mais acinturadas. O estilo das mulheres foi caracterizado de “peruagem” com um toque de elegância básica. A maquiagem também foi revolucionada com batom marrom ou tonalidades cor de boca e o companheiro fiel das mulheres, o delineador.


A moda minimalista foi à principal influência da década de 90, o estilo básico, as peças renovadas vistas num mesmo look, muita das vezes monocromático ou totalmente colorido, feito como processo de eliminação: costuras mínimas, peso mínimo, detalhes mínimos. E não é só nas produções femininas que o minimalismo teve influência, mas nos masculinos também, onde pequenos detalhes fazem toda a diferença, seja num acessório masculino, no penteado, na maneira de vestir-se ou numa peça do armário.


A moda hip-hop dos anos 90 evoluiu lentamente a partir dos anos 80, quando a comunidade hip-hop começou a ser influenciada pelo tradicional vestuário afro-americano. Cores brilhantes, calças largas e headwear foram os elementos que inspiraram o estilo de vestir no início dos anos 90. O personagem de Will Smith do The Fresh Prince de Bel-Air é um exemplo distinto do estilo clássico e tendências da moda dos anos 90. Seu personagem é sempre visto vestido com roupas coloridas brilhantes, camisas de reminiscência e um boné de beisebol.


Em meados da década de 90, a moda passou a pesquisar por referências em épocas anteriores fazendo releituras da moda dos anos 60 e 70. Os anos 60 caracterizados pelas roupas em cores claras e tiaras e os anos 70 pelos seus calçados desproporcionais, plataformas e tamancos fechados.

Devido, a grande diversidade de estilo os estilistas tiveram mais liberdade na hora de criar suas coleções de roupas. O luxo das grifes internacionais passou a ter uma grande influência no figurino tanto dos homens como das mulheres.







2000s


No início do século 21, o mundo viveu seu período experimental - experimentalismo nas artes, nas tecnologias e na moda: nos anos 2000, a partir da máxima “nada se cria, tudo se copia”, não havia limites para o experimentalismo nas combinações e releituras de tendências passadas. Os cabelos, agora, eram lisos. As peças eram, em sua maioria, monocromáticas e em cortes minimalistas. Podiam-se misturar chapéus fedora, top croppeds, colar de miçangas, calças de moletom, botas de caubói, óculos de lentes coloridas, plumas e paetês. As infinitas possibilidades de combinações revelavam diversão, liberdade e democratização. Brega? Talvez.

As calças e saias Saint-Tropez (cintura baixa) foram criadas na década de 1960, porém foi nos anos 2000 que dominaram as ruas, vitrines e passarelas: as calças possuíam cinturas extremamente baixas e eram ornamentadas por cintos largos (e, não raro, pequenas correntes). Embora fossem usados variados modelos (skinny, capri, estilo militar), as calças Saint-Tropez mais populares eram as bocas-de-sino. Inegavelmente, as cinturas baixas eram deselegantes e causaram grande prejuízo estético, deformando os corpos das mulheres e revelando gorduras indesejadas.






O denim (jeans) estava presente em calças, jaquetas, acessórios e todas as peças imagináveis, da cabeça aos pés. Já nos anos 2000, o skinny se tornou o queridinho das fashionistas, mas flares e boot cuts também tiveram vez. Ao decorrer da década, modelos mais oversized como o boyfriend ganharam destaque das grandes marcas. Como esquecer o “massacre” de Justin Timberlake e Britney Spears no red carpet do American Music Awards de 2001? Eram sucessos, também, os modelos jeans patchwork, como o desfilado pelo rapper Sisqo, no VMA de 2000.






A Princesinha do Pop Punk, Avril Lavigne, cantou os sentimentos da juventude da primeira metade da década de 2000, e lançou a tendência explosiva da moda “Sk8er Boi” entre adolescentes: peças largas e despojadas, gravatas, bermudões e silhueta andrógena, em contrapartida a sensualidade de cantoras pop como Britney Spears e Christina Aguilera. Avril Lavigne foi uma das mais populares cantoras da década: singles como “I’m With You” e “Complicated” estavam entre as canções mais tocadas de todas as rádios, e o rosto da canadense, estampado em bolsas, camisetas e acessórios.


O emo surgia como a última novidade nascida das subculturas: garotos emotivos dominaram o cenário pop dos últimos anos da década de 2000. O estilo, febre entre adolescentes, caracterizava-se, sobretudo, pelas longas franjas que chegavam a cobrir um dos olhos. Cintos de rebite, olhos demarcados de preto, all-stars, munhequeiras, camisas xadrezes de flanela e piercing no canto inferior do lábio. Quase que absolutamente, trata-se de grupos compostos por adolescentes e, dessa forma, pode-se compreender que a adesão e a procura de um “estilo” estão ligadas certamente ao momento da vida em que se busca construir uma identidade, lutando-se pela autoafirmação. Esse aspecto da transição na formação da personalidade (entre a infância e a idade adulta) possa explicar a mistura de símbolos do estilo punk com outros de certo aspecto infantil, como se vê na mescla entre roupas escuras e estampas de personagens infantis, além dos colares de contas coloridas, dos bottons, dos chaveiros e mochilas, dos bichos de pelúcia, etc.



2010s - Atual

A moda 2010 chegou apresentando ao mundo suas novas tendências que, na verdade, são versões ou reinvenções que foram evoluindo dos padrões e intenções dos anos anteriores. Como já sabemos, a moda se renova a cada estação, se reinventa a cada temporada e vai buscando sempre referências no passado, transformando as peças que ficaram antiquadas em acessórios modernos com características retrô e vintage. Por isso, todos os acessórios, bijuterias, penteados, roupas e sapatos que sua avó usou, parecem muito atuais. Tudo isso pode até ter demorado um pouco pra voltar. De repente pode ter passado batido pela geração da sua mãe, mas como um ciclo estas tendências estão de volta e chegam com tudo pra arrasar. Lógico que com algumas mudanças ali e outras aqui, mas sempre buscando trazer fortes referências do passado. Até 2018, a década de 2010 se definiu por um retorno de peças de moda da década de 30 e dos anos de guerra da década de 40, pela moda hipster e alternativa, pelas cores fluorescentes características dos anos 80, por elementos unissex característicos do início da década de 90 (influenciados pelo grunge) e pela moda skatista.



Os anos 80 e 90 estão voltando! , já que o universo retrô está bastante em alta. Em 2018, as fashionistas estão buscando inspiração para se vestir em roupas das décadas passadas, e o que foi sucesso no final do século 20 está chamando atenção de novo e virando tendência. A década de 90 está sendo apresentada no Brasil e no mundo com referências culturais, ligadas à música, cinema e estilo de vida. A era noventista é muito ligada à ode ao brilho, ao xadrez, ao vinil e ao strass. Já a era 'Disco Music', entre os anos 80 e 90, é marcada por muito brilho, peças de lurex, ombreiras, vinis e plástico.

Entre os itens retrô que marcaram a época e voltaram à moda, estão estampas xadrez e peças jeans "oversizeds", ou seja, aquelas em tamanhos e comprimentos maiores, além de jeans com lavagens desgastadas, sneakers, os corta-ventos, viseiras, jaquetas de couro, bandanas, oculos redondos, body chains e brincos de argola, por exemplo. 

A moda sem gênero é uma vertente da moda que visa à quebra das construções sociais impostas pelas gerações passadas no que diz respeito ao vestuário e às ideias já naturalizadas no imaginário social, como, por exemplo, azul ser cor de menino e rosa cor de menina. Ou ainda, que homens não podem usar vestido, assim como antigamente mulheres não podiam usar calça. A ideia é demonstrar que também é possível manter uma identidade de gênero mesmo que se absorvam atitudes ou se consumam produtos normalmente associados ao outro gênero. É a moda sem preconceito, sem delimitar ou distinguir sexo, cor e condições sociais. O que vale é sentir-se bem.


O Streetwear traz peças de roupas de rua utilizadas no dia a dia das pessoas que costumam viver nas cidades. Com influência de grandes tribos urbanas e do estilo esportivo, o Streetwear surgiu como uma maneira encontrada por jovens para mostrar que não queriam ser como os pais, buscando uma identidade própria, expressa, principalmente, pela maneira de escolher e usar as roupas.  A moda se popularizou com o surgimento de lojas especializadas, vídeos de skate, a criação de outras marcas e o estabelecimento de lojas on-line, e caiu no gosto das celebridades, principalmente no meio do Hip Hop.


O estilo athleisure vem roubando a cena, o termo que já entrou para o dicionário significa ‘roupas casuais feitas para serem usadas para a prática de exercícios e para uso geral’, e é uma resposta a um desejo crescente de consumidores por peças mais práticas e confortáveis. A roupa atlética, familiar, versátil, confortável, democrática e até gender fluid simboliza o tão ambicionado bem-estar. De corpo e mente. Ela também se sintoniza com a mentalidade da nova geração, os pragmáticos millennials. Eles preferem gastar em experiências que melhorem e potencializem suas vidas. Para eles, itens de luxo devem ser funcionais e orientados para o desempenho. O novo estilo, vem removendo as linhas tradicionais e criando looks que unem o casual e o formal, o esportivo e a moda. O objetivo é criar um look que, apesar de confortável e funcional, é contemporâneo e estiloso.



E aqui finalizamos este post, caro leitor, esperamos realmente que tenha gostado dessa viagem no tempo da moda e conhecido algumas das tendências de cada década, e compreendido que a moda é algo passageiro, que pode muito bem voltar em alta daqui a uns anos, e essa camiseta ou blusa que você não gosta hoje, pode ser a mesma que irão usar em passarelas futuramente. Fique ligado sempre nos novos looks e nas nossas novas publicações que estão por vir com temas variados sobre as décadas e gerações. Um grande abraço!


Editado por Lorenzo de Paula


 
 
 

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